Imunologia e Infectologia

Imunologia e Infectologia

O diagnóstico de agentes infecciosos vem evoluindo ao longo do tempo. Inicialmente dependente de métodos morfológicos (microscopia), desde a década de 1960 passou a ser realizado principalmente com métodos imunológicos, através da identificação de anticorpos contra o agente em questão, no sangue ou outros fluidos biológicos. Já a partir da década de 1990, métodos moleculares vem progressivamente ocupando esse papel central de diagnosticar e quantificar microrganismos, o que se acentuou de forma evidente durante a Covid-19.

Atualmente, estamos vivendo o momento dos métodos moleculares sindrômicos, que analisam simultaneamente diversos agentes que possam estar associados a um determinado quadro clínico. Funcionam como múltiplos testes individuais concomitantes e estão sendo utilizados em síndromes respiratórias, gastrointestinais e infecções articulares entre outros. Nesses casos, trabalha-se com cerca de 5-25 alvos que podem incluir vírus, bactérias, protozoários e fungos.

E os exames genéticos em Imunologia e Infectologia

O sequenciamento parcial de HIV já é utilizado há muitos anos para deduzir resistência genotípica e orientar a terapia antirretroviral. O enorme avanço das tecnologias de sequenciamento de nova geração (NGS) também trouxe benefícios para a medicina laboratorial das doenças infecciosas pois passa a permitir o sequenciamento do genoma completo de microrganismos provindos de muitas amostras numa mesma corrida. Novamente o exemplo da Covid-19 quando programas de vigilância genômica deram grande contribuição ao conhecimento da evolução viral, dados estes que impactam no desenvolvimento de vacinas e medicamentos. A Dasa deu sua contribuição com o projeto Genov (Projeto de pesquisa genômica das variantes de Covid-19 | Genov (dasa.com.br), quando 21 mil genomas de SARS-CoV-2 de amostras de todo o país foram sequenciados e imediatamente disponibilizados em banco público (Gisaid).

A nova área de Imunologia e Infectologia ambiciona trazer o conhecimento e forma de trabalho aprimorada durante a pandemia para beneficiar a rotina clínica de diagnóstico e manejo de infecções.  Inicialmente daremos foco no genoma completo de HIV, uma vez que já existem medicamentos, e chance de resistência, atuando em diferentes fases do ciclo de vida do HIV. Outro produto ainda não disponível é a resistência genotípica de CMV.

A análise do microbioma (população bacteriana) intestinal e do cérvico-vaginal também são parte de nosso portfólio, que deverá ser expandido para o microbioma oral em futuro próximo.

Finalmente, testes com abordagem metagenômica, ou seja, que faz o sequenciamento de todo material genético contido na amostra, descartando o que é de origem humana e focando assim em todo componente microbiológico do material de origem, promete se tornar o novo padrão da medicina laboratorial (genômica) de agentes infecciosos, modificando totalmente a forma de raciocínio clínico. Hoje se faz uma hipótese etiológica a priori, para então solicitar exames compatíveis com a hipótese. Através da metagenômica, o prescritor recebe uma lista dos agentes encontrados e de sua abundância, e então avalia sua relação com o quadro clínico e eventual terapia, sem necessidade de uma suspeita prévia definida. Temos hoje no portfólio o teste Karius, de metagenômica plasmática, e futuramente ofereceremos também para outros tipos de amostras biológicas.

Alguns exames do nosso portfólio: